segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Olhar (Im)Parcial - Apesar dos números e estatísticas!

Na última Assembleia Municipal de Lousada proferi as seguintes palavras: “Uma sociedade que não respeita nem motiva o capital activo de juventude que tem não é uma sociedade com futuro.

Valores juvenis como a justiça, a solidariedade, a entrega, a responsabilidade, a cooperação e a consciência social são irrenunciáveis ao bem-estar de qualquer município com visão estratégica.”

Ao ler os últimos artigos do Senhor Vereador Eduardo Vilar neste jornal, fiquei com impressão que não houve por parte daquele responsável pelo Pelouro da Juventude qualquer reflexão sobre as palavras por mim proferidas.

Lamento eu e com toda certeza a juventude de Lousada!

É verdade Sr. Vereador, Lousada é o concelho mais jovem de Portugal Continental em termos populacionais.

E o que tem sido efectivamente feito pelos jovens Senhor Vereador?

Aqui ficam algumas questões que certamente o executivo camarário nos vai responder num futuro próximo.

Quantos jovens residentes em Lousada trabalham em Lousada?
Quantos jovens residentes em Lousada utilizaram o complexo desportivo?
Quantos jovens residentes em Lousada participam activamente no movimento associativo na sua freguesia e não têm apoios por parte da Câmara Municipal?
Quantos jovens residentes em Lousada acabaram a sua formação académica sem receberem qualquer apoio prometido pela Câmara Municipal?
Quantos jovens residentes em Lousada ficaram sem receber as suas bolsas de estudo?

Nestes últimos anos temos assistido a um atropelo dos interesses da juventude Lousadense. A Câmara de Lousada não tem qualquer projecto politico que vá de encontro aos principais anseios da Juventude.

O executivo socialista defende-se com um programa baseado em alguns torneios municipais ou actividades de carácter recreativo centralizadas no centro da vila, sem nunca referir áreas tão importantes como os incentivos ao arrendamento jovem, apoio aos jovens empresários, estratégias de emprego jovem, formação profissional, entre muitas outras áreas.

Outro ponto a referir e já denunciado muitas vezes é a falta de apoios ao associativismo, boicotando desta forma a iniciativa e a cooperação dos jovens nas suas freguesias.

Em Lousada os jovens não são ouvidos, os seus interesse nunca estão em primeiro lugar. Vive-se num tempo de sectarismo e elitismo, onde as oportunidades divergem de uns para outros. Também por aqui Lousada precisa de mudar. É natural. Vinte e um anos agarrados ao poder é muito tempo.


por: Joaquim Bessa

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