sábado, 30 de outubro de 2010

Será tudo preocupação! - OLHAR (IM)PARCIAL

No desfolhar da imprensa local, tenho verificado algumas pequenas manifestações de pensamento um pouco antagónicas do comportamento habitual, levantando no meu pensamento algumas considerações e dúvidas que gostaria de partilhar convosco, tais como:

-Será que o professor Eduardo Vilar está mesmo preocupado que os lousadenses não percebam o PSD Lousada?

-Não será legítimo e da competência dos vereadores e membros da assembleia municipal da Coligação Lousada Viva visitarem as freguesias dos Lousadenses que representam?

-Quais são as condições necessárias que representam o respeito pela instituição escola (alunos, professores, …) para este executivo camarário?

-“Uma Nova atitude no desporto”?

Interessante ou não, são estas as divagações de um executivo desgastado nas páginas dos nossos jornais locais, defendendo ou melhor respondendo de uma forma pouco coerente a uma série de problemas levantados pela Coligação Lousada Viva, com “desculpas de mau pagador”.

Num dos meus anteriores artigos publicado neste jornal, falei sobre um termo que para mim é de grande relevância e que vai em consonância com a postura que revejo na coligação Lousada Viva, uma forma diferente e responsável de cumprir as obrigações para que foram eleitos, através de uma “Politica de Proximidade”. Mas ao que parece para o PS de Lousada e para este Executivo Camarário esta forma de fazer política é errada, sendo vista como manifestação de uma hipotética campanha intemporal e despropositada.

Quanto ao respeito pela instituição escola, gostaria de ter lido por parte do Sr. Vereador, que a situação denunciada pelos pais dos alunos da escola de Figueiras estava resolvida, mas não, de uma forma surpreendente as palavras escritas reclamam uma estranha justificação de uma mau Planeamento da Carta Educativa.

E esta nova atitude com o DESPORTO, tenho a certeza que muitas modalidades se revêem nesta nova atitude e beneficiaram com este mega investimento centralizado, que na minha opinião é um pouco despropositado, mas à parte disso, gostaria de deixar aqui um pedido de esclarecimento a este executivo: Qual foi o apoio prometido aos escalões de formação de futebol versus o apoio dado?

Serão todas as modalidades desportivas vistas da mesma forma, haverá modalidades favorecidas, o porquê deste recente apoio a modalidades com pouca tradição no nosso concelho?

Por último, e desmistificando o titulo que dou a este artigo “Será tudo preocupação!”, tiro aqui algumas conclusões que me parecem lógicas e que pautam a actuação desta pequena maioria, respondendo à provocação feita do “anseio pelo poder”.

Este tipo de manifestações só espelha um único sentido, o receio da perda de poder, uma inércia do poder local, pouco habituado à dinâmica e à vontade de fazer mais e melhor por um concelho que merece toda a dedicação de quem o dirige. Com certeza nada está ganho, nem perdido, não existem vencedores antecipados, nem lugares cativos. Trata-se de uma avaliação clara do valor e do desempenho de cada um, e eu, acredito que esta politica de proximidade, esta responsabilidade das funções e o projecto da coligação Lousada Viva, estão num bom caminho e são BEM ENTENDIDAS PELOS LOUSADENSES.

Joaquim Bessa

domingo, 24 de outubro de 2010

Afinal, temos crise!

Afinal, temos crise!

Portugal, este país de altos e baixos, o país quem em meio ano, já esteve em crise, deixou de estar, voltou a estar e agora está em vias de entrar em colapso!

Em Maio / Junho, segundo o nosso PM, Portugal apresentava sinais de recuperação económica, segundo José Sócrates, a economia estava em crescimento e não eram necessárias quaisquer tipo de medidas extraordinárias para actuar sobre a grave crise que assolava o nosso país. Mas passados três meses, "voilá" , afinal há mesmo crise, é preciso um orçamento apertado, bem apertadinho, e se o PSD não o aprovar, o nosso país cai nas mãos do FMI por falta de crédito e investimento externo. Afinal foi mesmo preciso enganar o país durante todo este tempo, foi necessário adiar o inadiável, ao contrário do que os nossos vizinhos Espanhóis fizeram, e agora encontram-se, eles sim, em recuperação económica.

A crítica não se prende pela necessidade de aplicar as medidas de austeridade, mas sim pela forma como elas foram conduzidas. Senão vejamos.

A partir de Janeiro, os Portugueses vão pagar mais 2% pelos produtos que vão ser abrangidos pela taxa de IVA de 23% e que tinham uma taxa até o fim de 2010 de 21%. Mas existem subidas mais drásticas, subidas de 17%, ou seja, de produtos ou serviços que eram taxados a 6% e agora serão taxados a 23%, como é o caso por exemplo dos enlatados ou até dos livros. Agora, gostava de questionar se esta subida, vai permitir uma continuidade do crescimento económico? NÃO! Não vai, porque não é preciso ser um grande Guru da economia, para perceber que vai haver uma retracção económica gigante. Mas reparem, apenas falei da subida da taxa de IVA! Assim, é necessário somar, o aumento das deduções fiscais, a diminuição dos benefícios tais como os abonos de família, redução dos apoios nos medicamentos, que em alguns casos vamos ter medicamentos que vão custar o dobro. Pior é que as classe média e baixa é que sofrem, sendo que os aumentos médios para a maior parte das famílias rondam os 1500 euros e atingem os rendimentos médios e baixos, de acordo com as simulações feitas para o DN pela consultora Mazars & Associados.

Deste modo, os Portugueses vão deixar de sair á rua para jantar, para tomar café ou até para comprar um simples jornal, porque vão sentir que o dinheiro não chega, e em muitos milhares de casos, o dinheiro não vai mesmo chegar, situação que implicará obrigatoriamente o impedimento do desenvolvimento da economia interna.

Mas nem para tudo, ou para todos, o País se encontra em crise!

As comemorações do 5 de Outubro implicaram um custo que rondou os 5 milhões de euros, onde tudo foi feito com "pompa e circunstância". Comemorações estas, que tiveram direito a um site que custou a módica quantia de 90000€, sendo este apenas um exemplo dos gastos absurdos que o centenário da República deram ao nosso país, num momento que se diz de crise!

O Parque das Nações irá receber a Cimeira da NATO, agendada para os dias 19 e 20 de Novembro. Como o nosso país encontra-se numa situação económica estável, vão ser adquiridos pelo estado Português (segundo o DN), novas viaturas blindadas para garantir a segurança do evento que içará ao encargo da PSP. Pena foi, o Ministério da Administração Interna ter esquecido que a GNR possui viaturas blindadas, o que solucionaria, à distância de um requerimento, o problema das viaturas.

Mas nem tudo é mau no nosso país, existem pessoas com carácter digno e responsável, pessoas como Fernando Pinto, da TAP, que vai baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, e no país. Por que não poderiam ser estas medidas aplicadas pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.

Um governo que se encontra à deriva, com um Primeiro-ministro desesperado, seja pelas asneiras que fez nos últimos 5 anos ou seja pelo impasse na decisão do PSD relativa à votação do Orçamento de Estado. Agora, tem uma postura acusatória para com o PSD, responsabilizando-o pela inexistência de consenso para a viabilização do OE e desafiando-o inclusive a assinar um cheque em branco para a aprovação do OE.

Mas mesmo os socialistas já se aperceberam da estratégia de J. Sócrates, senão vejamos as palavras de Francisco Assis: "Qual a verdadeira disponibilidade do Governo para promover o consenso e o diálogo que conduzam à viabilização do Orçamento?"!

Assim, com um Governo que se habituou à teoria do "quero, posso e mando", presa à sombra da anterior maioria absoluta, tende agora a ver-se desadequado à situação política que se encontra, e não se tornou flexível ao ponto de conseguir dialogar com os restantes partidos da oposição, sejam eles quais forem, desde que o propósito seja chegar a um entendimento que leve à aprovação do OE.

E assim vai o nosso país!

Escreve: João Pedro Carvalho

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Propostas dos Vereadores da Coligação Lousada Viva - PPD/PSD/CDS-PP, apresentadas na reunião de Câmara para o Plano e Orçamento da CML de 2011.

PROPOSTA A

Construções, reparações, requalificações e equipamentos nas Freguesias:


Lousada (S. Miguel)
1) Alargamento e pavimentação da Rua da Igreja;
2) Construção de um passeio desde a Estrada Nacional 207 até à Igreja;

Barrosas (Santo Estevão)
1) Alargamento e repavimentação de parte da Rua da Bufareira;
2) Construção de um passeio desde o Lugar da Venda até à Escola;
3) Abertura de Caminhos corta-fogo;
4) Colocar iluminação pública na Estrada Nacional 207-1 entre a Rua da Bufareira e o Lugar do Monte.

Vilar do Torno e Alentém
1) Alargar e pavimentar o caminho desde Penão de Baixo até à Quinta de Grades;
2) Colocar iluminação pública na rua nova aberta recentemente no Lugar de Cimo de Vila;
3) Colocar iluminação pública entre o Cruzamento de Soutelo e a Freguesia de Caíde de Rei.


Nogueira
1) Alargamento da Estrada de Santa Cristina junto ao entroncamento com a rua da Igreja de Nogueira;
2) Construção de um passeio na Estrada de Santa Cristina.

Covas
1) Colocar iluminação pública na Rua de Almedinha;
2) Alargar e repavimentar a Rua de Monte de Sines;
3) Drenar as águas pluviais na Rua da Granja.

Ordem
1) Conclusão da construção da Casa Mortuária;
2) Alargamento e pavimentação da Rua do Outeiro;

Meinedo
1) Construção de uma rotunda na nova variante no cruzamento com a Rua das Cales;
2) Construção de um passeio na nova variante deste a Rua das Cales até ao salão paroquial, com baia de estacionamento a partir do viaduto;

Figueiras
1) Construção da segunda fase da Capela Mortuária;
2) Ampliar o Cemitério.

Lousada (Santa Margarida)
1) Construção da Capela Mortuária;
2) Apoio às obras de reconstrução da Residência Paroquial.

Pias
1) Colocar iluminação pública na Rua Casal Novo até ao Lugar de Romariz.

Sousela
1) Alargar e repavimentar a Rua das Cavadas, incluindo o alargamento da ponte sobre o Rio Mesio;
2) Alargar e pavimentar o caminho – Travessa da Fonte até à Casa de Cimo de Vila;
3) Pavimentar o caminho – Travessa das Eiras;
4) Colocar iluminação pública na Rua Maria José Gomes e na estrada Ordem/Sousela.
Nevogilde
1) Concluir a construção da Casa Mortuária;
2) Colocar iluminação pública na Rua da Presa da Lameira;
3) Repavimentação da Rua da Caselha, próximo do Salão Paroquial;
4) Drenagem das águas pluviais na Rua da Caselha.


Macieira
1) Arranjo urbanístico do Arraial de S. Gonçalo;
2) Construção da Casa Mortuária.

Aveleda
1) Construção da Casa Mortuária;
2) Arranjo urbanístico junto à Igreja, à Sede da Junta e Escola;
3) Pavimentar a Rua do Granjeiro e Travessa do Campo de Futebol, bem como instalar iluminação pública;
4) Pavimentar a Rua do Cabo.

Silvares
1) Alargar e repavimentar a Rua de Esplendém;
2) Alargar e repavimentar a Rua de Marnelos;
3) Construção de passeios e repavimentação da Rua das Agras (Paço);

Cernadelo
1) Revitalização do Parque de Lazer do Ameal;
2) Abertura e pavimentação de uma estrada entre o Alto de Regadas e a Freguesia de Lordelo (Felgueiras).

Torno
1) Concluir a construção do passeio desde o Salão Paroquial até à estrada nacional 320–1.

Lustosa
1) Construção da Casa Mortuária;
2) Abrir e pavimentar uma estrada entre a Rua da Aldeia Nova e o Lugar da Agra;
3) Alargar e pavimentar parte da Rua de Chamistães;
4) Concluir (abrir e pavimentar) a estrada que liga Carcavelos (Fonte do Abade) ao Rego.

Lodares
1) Construção da Casa Mortuária;
2) Concluir a construção do passeio desde o entroncamento junto à Capela de Santa Isabel até à Rua de Sousa;
3) Colocar iluminação pública na Rua de Vilar e na Travessa de Vilar.

Nespereira
1) Pavimentar a estrada da Travessa da Igreja;
2) Pavimentar a Rua D. António de Castro Meireles;
3) Pavimentar a rotunda ou Outeiro e a ligação à Rua João Pinal;
4) Requalificação da Casa Mortuária: reparar infiltrações de água e construir uma ligação coberta até aos Sanitários públicos;
5) Electrificar todas as ruas que ficaram sem iluminação pública a quando da construção da Variante à 106, a saber:
a) Rua Cimo de Vila;
b) Rua do Outeiro;
c) Rua Joaquim Pinto;
d) Rua D. António Castro Meireles;
e) Rua de Vila Verde;
f) Rua António Pimentel Carneiro Leão.

Casais
1) Conclusão da construção do Pavilhão Gimnodesportivo;
2) Colocar iluminação pública na Calçada de Courela;
3) Colocar iluminação pública na Rua da Misericórdia.

Caíde de Rei
1) Construção do Complexo Funerário;
2) Construção e pavimentação da denominada “Avenida das Sabinas”, desde a estrada nacional, Rua Antero Babo, com ligação directa ao Centro de Saúde e futuro Complexo Funerário.

Alvarenga
1) Concluir a abertura e pavimentação da Rua Manuel Neto até à Rua do Souto;
2) Pavimentar a Rua da Corredoura;
3) Pavimentar a Rua do Bairro;
4) Colocar iluminação pública na Rua Manuel Neto.

Cristelos
1) Concluir arranjo urbanístico junto à capela Nossa Senhora da Conceição;

Boim
1) Alargar e pavimentar a Rua 25 de Abril até ao limite com a Freguesia de Lodares;
2) Drenagem das águas pluviais na rotunda da nova variante, próxima da Igreja.


PROPOSTA B

Dentro do princípio da solidariedade entre os Presidentes de Junta e o da equidade da Câmara Municipal para com todos os Presidentes de Junta, deve o Município de Lousada planificar e orçamentar para que durante os próximos três anos conceda ajuda financeira extraordinária às Juntas de Freguesia que neste momento têm dividas resultantes de mandatos anteriores, em montantes a acordar com cada Junta de Freguesia.

Lousada, 18 de Outubro de 2010.

Os Vereadores:
Leonel Vieira
Cândida Barreira
Agostinho Gaspar
Cândida Novais (supl)

OLHAR (IM)PARCIAL-Reflexão

Volvido um ano das eleições autárquicas, considero ser relevante fazer uma pequena análise da evolução política do Concelho de Lousada. Fazendo-a por partes, começo por abordar o trabalho desenvolvido pelo Executivo Camarário no seu 1º ano de presente mandato.

Em tempos difíceis, porque também o sabemos reconhecer que são, exige-se, tal como diz o nosso Primeiro-ministro José Sócrates, “…decisão por parte daqueles que têm responsabilidades”, e é isso que se pede a quem dirige o nosso concelho. De tal modo, em um ano, a obra realizada em Lousada foi direccionada apenas para os Centros Escolares e Requalificação do Centro Urbano, enquanto que medidas de combate ao desemprego e á crise no tecido industrial foram esquecidas.

Temos zonas industriais praticamente desertas e outras perderem dia após dia mais fábricas, onde está a captação de investimento? O desemprego, flagelo que se assolou por praticamente toda a zona norte, merecia uma abordagem mais competente e decidida, com soluções que e medidas que alterassem minimamente o panorama actual.

Ao invés da política socialista, o PSD procura não ser apenas oposição de estatuto. Os Vereadores da Coligação, tal como os representantes na Assembleia Municipal, procuram sempre encontra propostas que tornem o Concelho mais competitivo e com melhor qualidade de vida para todos os Lousadenses. Tal aconteceu com a insistência continua sobre a resolução do Plano Director Municipal, situação que continua a ser um entrave para muitos Lousadenses que querem avançar com os seus projectos.

Para além das propostas, estão também os actos! As visitas contínuas às freguesias do Concelho, visam promover o contacto entre aqueles que vivem “mais afastados do poder”, e os que pretendem encontrar quais os problemas que realmente existem e solucioná-los, porque afinal de contas, essa é a função de quem governa. Em alguns casos, benditas visitas!

Assim, anseio nos próximos três anos por um executivo mais dinâmico, criativo e com poder de solucionar, porque mesmo em tempos de crise, é possível fazer trabalho, porque nem tudo depende do dinheiro disponível.

Joaquim Bessa

OLHAR (IM)PARCIAL-Perplexidade

O país vive um momento de perplexidade: haverá Orçamento ou não haverá Orçamento de Estado para 2011? Eis uma questão que povoa a cabeça de todos os portugueses e que tem sido tema de conversa nos últimos dias nas diversas tertúlias do país, nos meandros políticos, nos meios de comunicação, nos cafés e até, quiçá nas paragens dos autocarros.

Este é sem dúvida o tema que interessa, que preocupa, que tira o sono a muito boa gente e que continua a abalar a consciência de outra. E não estava previsto que assim fosse, pois tudo parecia controlado, tudo parecia deslizar sobre rodas, tudo parecia rolar sem qualquer problema.

Mas como tudo na vida não há vela sem senão, e aquilo que parecia reluzir tal qual o ouro perdeu o brilho e eis que a lua passou pelo sol e toda a lábia socialista desabou.

Recordam-se, de certeza que não se esqueceram de como se apresentava o actual governo socialista na sua anterior governação – quando o poder era absoluto: tudo rolava a todo o vapor, pois a economia parecia ajudar e podia-se tapar os buracos negros. Tudo lhe foi permitido. Nessa época de nada valeu à Drª Manuela Ferreira Leite verberar e falar verdade. A voracidade do tempo e da política da falsidade derrotou a mais singela verdade.

Deram-se as eleições e o povo português – inteligente que é – concedeu ao partido socialista um governo minoritário. E desde essa data a verdade face tem vindo ao de cima, o primeiro-ministro sempre que tem de negociar é uma verdadeira via-sacra: foge aos compromissos, não cumpre o acordado, o que torna difícil qualquer acordo.

E tudo isto para falar do Orçamento de Estado de 2011. Este é uma ferramenta económica fundamental para o país.

É já consensual que terá de existir corte na despesa, tal como também defende a OCDE.

No contexto actual de crise económica ainda é mais importante. Assim sendo, é incompreensível que o líder do governo e do PS não chegue a uma plataforma de entendimento com o líder do maior partido da oposição.

Por último, o que não é entendível pelos portugueses (eleitores) é o PS e o PSD não atenderem ao país e sim às suas questiúnculas.

Joaquim Bessa

Será este início ano lectivo diferente.

Pois é, aí está o início de mais um ano lectivo.

Para muitos, um aborrecimento, mas para tantos outros um verdadeiro entusiasmo. A educação não é mais que um dos pilares fundamentais para um futuro próspero. Obviamente que não concentra em si tudo, mas é na nossa formação que indubitavelmente se baseará o nosso futuro, seja em termos profissionais, seja em termos pessoais.

Segundo uma sondagem Expresso, SIC e Rádio Renascença publicada esta semana, este ano quase metade (47,3%) das famílias teve mais dificuldade na compra do material escolar das crianças do que no ano passado. Acrescenta-se ainda que mais de 20% de todas as crianças que agora começam as aulas numa escola nova tiveram de deixar a antiga por motivos económicos. Perante estes números cumpre-nos questionar: Para que servem os “mega-agrupamentos” se as famílias não tiverem condições para lá colocarem os alunos? E o nosso executivo camarário tem estado atento às famílias mais carenciadas?

Enquanto não forem estabelecidas verdadeiras prioridades como a educação, não serão cumpridos os propósitos duma verdadeira vida em sociedade. Dada a proximidade da população, cumpre ao poder local identificar e auxiliar as famílias mais carenciadas e na medida do possível criar as melhores condições para que seja dada a melhor educação possível aos nossos jovens e crianças e da forma mais simbiótica entre todos. Basta de colónias de férias para uma elite de crianças e de investimentos desadequados as necessidades do concelho como o complexo desportivo. Porque não se criam condições de empregabilidade para os recém-licenciados do nosso concelho? Porque não se adoptam verdadeiras medidas de apoio às famílias carenciadas para a educação dos seus filhos?

Uma última nota, os apoios tornam-se escassos, pede-se ao executivo camarário para cumprir no mínimo os estabelecidos, casos como as bolsas de estudo não atribuídos Não Devem, Nem Podem repetir-se.

Queira-se ou não, nós é que somos o futuro da nossa sociedade, e a ideia de "geração rasca" já se eclipsou há bastante tempo. Cabe-nos, a nós, demonstrar à sociedade o nosso valor, assumindo as nossas responsabilidades enquanto cidadãos, exigindo do poder político uma consciencialização do que nos mais inquieta.

Joaquim Bessa